(Título e texto inspirados na fanpage Notas Sobre Ela)
Há uma série de coisas que a definem, mas dificilmente é possível colocá-las em ordem. É porque ela é assim mesmo: uma bagunça da cabeça aos pés, de dentro para fora. Numerar, então, nem pensar. Ela não gosta de números e muito menos de qualquer coisa que pareça exata. Ela é atrapalhada demais, extensa demais, exagerada demais para caber em números, colocações, rótulos e lugares. Posso, então, começar dizendo (sem numerar) que ela tem um complexo enorme com espaços. Nunca são grandes o suficiente para o tanto que ela transborda.
Sabe aquela escrivaninha enorme que cabe de tudo e mais um pouco? Ela consegue fazer com que falte. Sabe aquele canto escondido, lá no fundo da sala de aula, onde não havia ninguém por perto? A professora sempre a colocava lá, para ver se assim ela parava de conversar. Mal sabia a professora que ela faz barulho até sozinha. Ela é daquelas que quando acorda, o prédio inteiro acorda junto. E não é por maldade não. Ela é barulhenta e desordeira por natureza.
Dizer "não faça" é o mesmo que dizer "vai fundo". Ela tem gosto pelo novo, pelo inédito e por aventuras, mas lá no fundo morre de medo de se machucar. Faz drama por qualquer coisinha, desde bater o dedinho do pé na mesa até um "machucado" no coração. Esse que ela protege com tanto afinco - com unhas, dentes e até garras - mas assim que alguém tem coragem o suficiente para chegar perto ela se entrega de corpo, alma e tudo o mais que tiver direito.
Quando está apaixonada, então, cada texto que escreve é sobre amor. Em cada linha ela se desfaz na confusão de seus sentimentos. Na bagunça que é a sua mente. Ela joga para o mundo tudo o que se passa dentro dela, mas nunca em voz alta, porque tem medo de se expor demais. Por isso ela escreve. Porque escrever é a forma mais libertadora de ser. É como colocar um pedacinho para fora de si.Cada palavra escrita revela um pouquinho do complexo quebra cabeça que forma quem ela realmente é.
O único porém, é que nunca há peças o suficiente. Sempre falta, porque sempre há espaço para mais. A palavra limitação passa bem longe do seu dicionário. Ela é infinito, porque tudo o que sente é em excesso. Ela é poesia em forma de confusão e, suspeito, que até o inverso.
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"ela faz barulho até sozinha", que texto lindo e gostoso de ler.
ResponderExcluireu por um momento gostaria muito de ser essa menina <3
Obrigada Ana! <3
ResponderExcluirAcho que você descreveu a minha irmã rs.
ResponderExcluirQue texto mais lindo .Mais uma vez tenho que te parabenizar Kimberly ♥♥♥
Beijos
Meu mundinhoquaseperfeito
Obrigada Babii! <3
ResponderExcluirSuper me identifiquei com Ela caramba que pessoa maravilhosa, um espírito livre, é como o vento que se dobra e ocupa cada pedacinho do mundo. Adorei esse texto cheio de filosofia e cheio de uma pessoa incrível com vida saindo pelos poros! #apaixonada
ResponderExcluirhttp://paragrafoesentimento.blogspot.com.br/
"O único porém, é que nunca há peças o suficiente. Sempre falta, porque sempre há espaço para mais. A palavra limitação passa bem longe do seu dicionário." Eu me identifiquei com várias partes desse texto, e esse pedaço me fez suspirar Kimby!
ResponderExcluirQuando você falou do modo de se expressar pela escrita, quando você falou que ela transborda e que todo espaço é pouco, tudo me trouxe uma associação tão legal com minha realidade!
Fora que, não sei se já disse, mas sua escrita é uma delícia de ler!
Compartilhei o post, porque esse texto foi amor e surpresa demais! E olha que vim ler pela imagem que você escolheu (adoro essa imagem! ehehe) <3
xoxo
Rê